LOUIS THÉODORE HENRY TSCHOUDY
Barão de Tschoudy, nasceu em 21 de agosto de 1727, Metz. Filho de Claude Henry Tschoudy e Louise Christine Rouaut d’Assy. Advogado, escritor e panfletista, filósofo, militar no regimento real de Suíça do Prince Raimondo di Sangro, conselheiro parlamento de Metz, maçom entusiasta e progressita. Faleceu em 28 de maio de 1769, em Paris, com 42 anos de idade.
Em 1751 resolveu residir na Itália com seu tio, sendo iniciado na maçonaria em uma Loja Napolitana da qual foi Venerável Mestre. Em Haia lança dois panfletos em resposta à Bula Papal publicada pelo Papa Bento XIV, em 18 de maio de 1751, com título: “Excomungação dos Maçons”. Apesar de seu pseudônimo, Tschoudy foi descoberto e preso em Nápoles. Seu tio, General Marshal, o faz escapar para a Holanda onde ficou exilado. Durante suas viagens, assumiu a presidência de uma loja em Haia, sendo Grão-Mestre das Lojas das Sete Províncias. Residindo na Rússia assumiu a Venerancia de uma loja em São Petersburgo. Em 1755, ele ocupou o cargo conselheiro da imperatriz Elisabeth da Rússia.
Retornando à França, tornou-se conselheiro no Parlamento de Metz e Venerável Mestre de sua antiga Loja, afiliando-se em 1762 aos Conselho dos Cavaleiros do Oriente. Foi o autor dos rituais do "Soberano Conselho de Príncipes Maçons Rosa-Cruzes. Acreditava e afirmava em suas obras que a maçonaria teve sua origem possivelmente no Antigo Egito. As suas afirmativas foram plagiadas por Louis Guillemain de Saint-Victor em sua obra intitulada: Origine de la Maconnerie Adonhiramite, ou Nouvelles Observations critiques et raisonnées, Sur la Philosophie, les Hiéroglyphes, les Mystéres, la Superstition et les Vices de Mages (1787).
Entre 1762-1765 Tschoudy se associou a Jean Baptiste THomaz Pirlet, quando reescreveu todos os rituais do Conselho dos Cavaleiros do Oriente, introduzindo na extrutura do mesmo, "A Estrela Rutilante ou Flamejante". Ele defendia que o propósito da maçonaria era fomentar a coesão entre as nações, a liberdade de expressão do ser humano, a universalização da instrução e da ética, a responsabilidade social, a tolerância religiosa e a assistência aos necessitados.
Em 1766, ele escreveu seu famoso livro intitulado "A Estrela Flamejante" ("L'Etoile Flamboyante"), também escreveu um sistema completo de graus alquímicos com instruções notáveis para Ordem, em alguns dos quais, como o "Cavaleiro da Íris", o "Cavaleiro da Fênix" ou o "Comandante das Estrelas", encontrados nos autos graus dos ritos Memphis e de Memphis-Misraim.
Nos últimos anos de sua vida, ele se dividiu entre Metz e Paris, sendo Venerável da Loja Saint Etienne e presidente da Loja Provincial dos Três Bispos. Era o chefe do Colégio de Santo André da Escócia e Comandante do Capítulo dos Cavaleiros da Palestina. Criou os rituais do Rite Écossois de Saint-André d'Écosse, sendo utilizado em todos os sistemas maçonicos dos dias atuais, principalmente no Escocês (Grau 29). Sem sombra de duvidas, podemos assim afirmar que um dos maiores contribuintes para o sistema escocês foi o Barão de Tschoudy.
A título de curiosidade, Tschoudy assinava suas obras mais polêmicas com o pseudônimo (atualmente nome histórico no Rito Adonhiramita) de Cavaleiro de Lussy.
Obras:
Thérèse philosophe ou Mémoires pour servir à l'histoire du P. Dir rag (Girard) et de mademoiselle Eradice (Cadière) – (1748)
Etrenne au pape, ou Les Francs-maçons vangés , réponse à la bulle d'excommunication lancée par le pape Benoît XIV – (1752)
Le Philosophe au Parnasse françois ou Le moraliste enjoué , lettres du chev. de L.** et de Mr. de M – (1754)
Rituel des grades alchimiques du baron Tschoudy - (1762)
L'Etoile flamboyante ou la Société des Francs-Maçons - (1766)
Écossois de Saint-André d'Écosse. De l'art royal de la Franç-maçonnerie et le but direct, essentiel - (1769)