MANOEL JOSÉ DE FREITAS TRAVASSOS FILHO
Grão Mestre do Grande Oriente Brasileiro: 1871-1883
Advogado, professor e militar. Nasceu em Porto Alegre em 8 de julho de 1812. Filho do Comendador Manuel José de Freitas Travassos e de Dona Luísa Justiniana de Freitas Mascarenhas. Estudou humanidades no Seminário de São José e bacharelou-se em ciências sociais e jurídicas pela Faculdade de Direito de São Paulo, em 11 de novembro de 1834. Contraiu núpcias com D. Francisca Machado Freitas Travassos e teve com ela filhos. Foi nomeado Procurador-Fiscal da Tesouraria de Fazenda na província do Rio Grande do Sul em 1835, Juiz de Direito da comarca do Rio Grande do Sul, em decreto de 4 de setembro de 1838, sendo removido para a 2ª Vara do Crime de Porto Alegre, em decreto de 20 de outubro de 1843. Foi suplente convocado na 1ª Legislatura da Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul. Foi 3º vice-presidente da província do Rio Grande do Sul, nomeado por carta imperial de 1 de outubro de 1841. Exerceu este cargo durante dezesseis anos, até ser nomeado Desembargador da Relação da Corte, em decreto de 15 de março de 1859, Relação da qual foi Presidente, por nomeação imperial, em decreto de 9 de outubro de 1875. Em decreto de 28 de junho de 1878, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, preenchendo a vaga ocorrida com o falecimento de Manoel Messias de Leão; tomou posse em 6 de julho seguinte. Eleito Deputado à Assembleia-Geral Legislativa, por sua província natal, na 9ª legislatura (1853-1856), não tomou assento. Foi Chefe de Polícia da referida província em 1837 e 1844. Em carta imperial de 1º de outubro de 1841, foi nomeado 3º Vice-Presidente da província do Rio Grande do Sul; por outra, de 3 de maio de 1870, foi também nomeado 1º Vice-Presidente da província do Rio de Janeiro e nessa qualidade assumiu a administração da província por duas vezes, em 5 de maio de 1870 e 7 de março de 1871. Em carta imperial de 20 de março de 1873, foi nomeado Presidente da mesma província, tomando posse a 26 do referido mês, sendo exonerado a pedido, em decreto de 18 de setembro de 1874. Relevantes serviços prestou Manoel José de Freitas Travassos à Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, em que foi Provedor nos biênios 1877-1878 e 1878-1879, e ao Asilo de Santa Leopoldina, em Niterói, de que foi Provedor. Foi agraciado com o hábito da Ordem da Rosa; hábito do Cruzeiro, em decreto de 25 de março de 1841; comenda de Cristo, em decreto de 2 de dezembro de 1845; título do Conselho, em decreto de 20 de novembro de 1875; foro de Moço da Imperial Câmara, em 1845; Guarda-Roupa em 1861 e Veador, em decreto de 13 de julho de 1878. Dedicou sua vida no amparo e socorrer os órfãos e necessitados Espaços pelo Corte do Brasil. Na maçonaria defendia a reforma na estrutura maçônica brasileira, assumiu todos os cargos inerentes a ordem e eleito Grão-Mestre em 1871 no Grande Oriente Brasileiro ou do Passeio. Instalou duas escolas publicas maçônicas no Rio de Janeiro, quando Grão Mestre da Ordem. Incentivava as lojas do Grande Oriente do Passeio defender a democracia e combater a escravidão. Faleceu em 24 de agosto de 1885, na cidade de Niterói, sendo sepultado no Cemitério de Maruí.
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